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terça-feira, 28 de outubro de 2014

O lado animal do ser humano

Pensei em escrever este texto.Desisti,apaguei tudo,pois vi que não tinha nada com o estilo do meu blog:rosas,chuva na roseira,só ,romance,poesia....mas,se eu não escrever agora,só daqui a quatro anos.Pois é!Vou escrever sobre as eleições.Mas,não sobre partidos,sobre ganhadores nem perdedores.Também não vou fazer proselitismo sobre fundamentalistas,estado laico ou comunismo.
Quero escrever sobre minha perplexidade ao constatar o que presenciei nas redes sociais,no Facebook mais exatamente.
 Deveras chocada com tanta agressão, ofensa e discórdia... Nunca li tanto palavrão  como hj e ontem... Religião sempre soube... Em nome de Deus as pessoas matam e morrem... Futebol, há casos sabidos de violência entre torcidas, brigas sangrentas e mortes absurdas e estarrecedoras... De ontem para hj li tanto contra senso em minha time line... Vendo amigos brigando e se xingando mutuamente... Pessoas queridas ameaçando exclusão do FACE... A mais nova maneira de destruir amizades num piscar de olhos se estabeleceu ontem... AS URNAS... Estou boquiaberta...Acho bacana as pessoas terem convicções religiosas sem fanatismo... acho estranho, mas entendo o amor ao time, a defesa acalorada e apaixonada de torcedores... Mas política com esse radicalismo não entra em minha cabeça... Até porque fui dormir ontem com meu lanchinho simples e frugal, enquanto, com toda certeza do mundo, ambos candidatos se deitaram refastelados de caviar e proseco... Não entro nessa... Não tentem ser irônicos e agressivos comigo... Não vai acontecer... Mas lamento.. . Lamento muito detectar o lado animal e devastador do ser humano... Nenhuma causa vale isso... Nenhuma causa supera a consciência tranquila e a paz de não agredir e nem de ser agredido... Encerro aqui meu desabafo, torcendo muitooooo para que nossa Presidente tente fazer o melhor ao país... Ela venceu... Então temos que pensar no bem comum... No coletivo... Torcer para que nos próximos 4 anos nosso país cresça e apareça!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Dieta



Hoje de manhã acordei morrendo de fome, aquela fome de lua-de-mel, de férias na praia, de pré-adolescente em crescimento. Fui para a mesa do café da manhã e encontrei lá, a minha ração diária de dieta: meio mamão papaia-mirim, do tamanho de uma noz, uma xícara de chá sem açúcar e uma fatia de pão preto com grãos, torrada e recoberta por uma fina camada de ar. 
Para fazer o café franciscano render, comi o mamão com uma colherinha de mexer cafezinho, bem pequena, assim, fiquei com a sensação de que o mamão era maior e gastei algumas calorias na luta contra a fruta. Depois, sorvi o chá em micro-goles enquanto comia 'a' fatia de pão, molécula por molécula. 
Não estranhem se eu estiver de mau humor a essas horas, mesmo porque não foi o primeiro dia. Foi o vigésimo quarto, comendo esta mesma coisa. 
E por que faço isso? Porque me odeio? Porque estou fazendo um 'No Limite' na minha casa? Não. Faço isso porque estou na minha nonagésima nona tentativa de emagrecer, o nonagésimo nono regime, dieta ou sacrifício. 
Isso não seria nada se o cardápio para o almoço não fosse apenas e tão somente-só, uma saladinha de atum de lata com cebola. E nada mais. 
Quem tem mãe gorducha, avó gorducha, parentes gorduchos, e uma tendência hereditária ao acúmulo de gordura sabe do que estou falando. Sou daquelas pessoas que tem dois problemas em relação ao corpo: facilidade de engordar e dificuldade de emagrecer. 
Faço esporte sempre que posso e, neste exato momento em que escrevo, estou pensando em correr meia horinha ou fazer uma bicicleta ergométrica que está lá, magra e ereta me esperando na sala. Mesmo assim, queimo calorias com grande dificuldade. 
Mas essa não é a regra da minha família. Tenho uma prima que sempre foi magra e come como uma louca. Sempre morri de inveja de gente que come o que quer e fica magro. Se um dia houver um progresso verdadeiro na ciência, será esse, o de poder comer com prazer, sem excessos, mas sem engordar. Hoje, que acostumei meu organismo a uma dieta espartana, se eu olhar para uma torta de chocolate, a menina do meu olho engorda! 

Achei que eu não tinha mais força de vontade para passar pelas privações que estou passando. Não acreditava mais que eu fosse capaz. Surpreendentemente, estou conseguindo e já perdi 5 quilos, sem remédio, só na dieta alimentar. Meu marido diz que eu estou ótima,mas ele é um sujeito  suspeito,pois sabe do que eu sou capaz se ele disser que estou gorda.
Para conseguir seguir o cardápio tenho que fazer certos malabarismos horrorosos. Na segunda feira, levei uns frios de peito de peru para a lanchonete da escola onde trabalho e, como uma traficante de mortadela, passei os frios pra gerente enfiar na salada que eles servem, sem constranger os clientes. Melhor ainda é lavar o tupperware com sabonete líquido no banheiro da escola. Lindo, lindo.

sábado, 11 de outubro de 2014

Meninos e Meninas




Eu sempre amei os homens bons. Todos os homens bons. Comecei à la Electra, por meu pai, mas descobri que ele tinha um caso com minha mãe e desisti de cara. E apesar de praticar o heterossexualismo, nunca deixei de amar algumas mulheres admiráveis. 
Meu primeiro amor pelo sexo oposto aconteceu no primeiro ano da escola. Poderia ter sido antes, mas eu perdi muitos anos da minha primeira infância dando uma de difícil. Na próxima encarnação vou parar com essa viadagem e beijar o obstetra na boca assim que cortarem o cordão, para não transformar mamãe em cúmplice. 
O primeiro mesmo foi um alemãozinho loiro, de olhos verdes, muito tímido e não me restava nada a fazer senão correr atrás dele o tempo todo. A ele agradeço até hoje minhas pernas bem torneadas. Não deu em nada, provavelmente porque tínhamos 7 anos de idade. Mas o autor do outro livro, o da vida, incumbiu-se de nos resgatar como personagens e acabei namorando com ele aos 17. Nunca passamos dos beijos na boca e jamais chegamos perto da divisão reprodutiva. Ele, porque só acreditava em sexo depois do casamento. Eu, porque não acreditava em sexo na cama de cima do beliche. 
Entre os 7 e os 10 fui apaixonada por cantores, atores, filhos de vizinhas. Tive um diário para escrever sobre meus amores que virou um marco negro na história de confiança entre eu e as mulheres da família. Minha prima mais velha, descobriu que eu estava apaixonada, contou para minha mãe, que violou meu diário e descobriu meus segredos. Por causa disso, minha mãe me mantinha numa escola só para mulheres. Que tolinha, mamãe. Não sabia que os meninos transitavam soltos pelo mundo e eu, obviamente, arrumei um namorado no ônibus. Ía e voltava da clausura feminina de mãos dadas com meu namoradinho. Sempre recorrente, o destino fez com que ele batesse à minha porta no dia em que fiz 18 anos, alto, feio e incomodamente bêbado para confessar-se ainda apaixonado e causar um constrangimento indescritível. Quem mandou meus pais morarem no mesmo endereço por trinta anos. ?

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Estão voltando as flores




"Vê,estão voltando as flores! Vê,nesta manhã tão linda! Vê,como  é bonita a vida
Vê,há esperança ainda!!!

Quero saudar a Primavera com estes versos de Paulinho Soledade,pois hoje acordei muito feliz ao olhar pela janela e contemplar um minúsculo botãozinho de rosas no meu jardim.
E constatei que a vida realmente é bonita,depende do ângulo em que a vemos
Sim,há Esperança ainda!!!!!

"Vê,as nuvens vão passando,
Vê um novo céu surgindo
Vê,o sol iluminando
Por onde nós vamos indo"